Diariamente, a Comsercaf recolhe aproximadamente 100 toneladas de lixo das areias da cidade. Na alta temporada, com o aumento da população, o trabalho nas praias é intensificado. Mas, além da grande quantidade de resíduos deixados pelos banhistas, o que preocupa a companhia é o volume de cacos de vidro encontrados. Por dia, são retirados cerca de 600 quilos só de vidro. Durante a limpeza das praias do Forte, Peró, Conchas e de Tamoios, os funcionários se deparam com inúmeras garrafas quebradas.
“As pessoas precisam se conscientizar que garrafas de vidro e praia não combinam. É recorrente nossas equipes encontrarem estilhaços de vidro nas areias. Fazemos um trabalho minucioso de coleta desses materiais, mas é possível que algum fragmento acabe ficando no local. Isso causa preocupação, pois não só os nossos coletores que correm risco de se ferir, mas qualquer outro frequentador. A lei municipal que prevê a proibição da comercialização, mas não impede que o particular traga garrafas de vidro à praia. Estamos trabalhando para a mudança desta questão legal, que será respaldada no plano municipal de resíduos”, fala Dario Guagliardi, presidente da Comsercaf.
A limpeza das praias é realizada durante a noite, quando os banhistas esvaziam as areias. Para efetuar a ação, os funcionários da companhia utilizam equipamentos de proteção individual, como luvas e botas. Mas para realizar o descarte de materiais cortantes, seja na orla ou nas residências, é necessário que a população adote algumas práticas, como: envolver os pedaços do vidro em várias folhas de jornal ou plástico bolha e colocar em uma caixa de papelão; ou ainda; cortar uma garrafa pet, colocar o vidro dentro dela e fechá-la com a parte superior, lembrando-se de vedá-la bem com fita adesiva, para que não abra no caminho. Também é importante indicar o conteúdo de descarte para que o coletor tome cuidado redobrado ao manusear o lixo.